[GUFSC] Res: Res: Institucionalização do GUFSC?

[Carlos Rocha]

Caros,

   Faço minhas as palavras do Daniel. Somos voluntários. E, ao meu
ver, mais um grupo com objetivo de trocar experiências e apoiar quem
utiliza o SL do que um órgão consultivo e deliberativo da UFSC. Para
isto, só se realmente nos institucionalizarmos, com o aval da Reitoria
para tal função. Só assim poderemos realizar "intervenções".

   O que fazemos, é realmente no tempo livre, no espírito
colaborativo, que sendo um pouco "filosófico", está no cerne do
movimento do SL. O modelo do bazar é a base de onde a grande maioria
dos projetos SL surgiu e se mantém até hoje, ganhando força a ponto de
se fazer notar. Se é uma "bagunça" e "vago", também pode ser
considerado bem sucedido.

   Realmente, não fracassa quem nunca tentou. Eu acho que toda
iniciativa é positiva, desde que não vá contra nenhum princípio do
grupo. Se o pessoal do BrOffice está a fim de discutir o assunto,
ótimo. Com certeza, esse pessoal tem anos de experiência à nossa
frente, tanto nos aspectos técnicos, quanto nos estratégicos e nos
políticos. O grupo só tem a ganhar trocando experiências com outros
grupos. É assim, por exemplo, que a Associação de Software Livre
funciona, e promove um evento internacional todos os anos, o FISL, que
é um sucesso. Mas levou 10 anos para atingir tais proporções.

   A motivação para reuniões, em todos os grupos com os quais
interagi, começou exatamente assim, com reuniões periódicas, onde uns
apresentam tópicos de interesse mútuo, o forum começa a funcionar como
canal de comunicação para troca de experiências e apoio, e em seguida
há um número suficiente de participantes para discutir aspectos além
da técnica e da operação. Posso exemplificar isso com grupos como o
RSJUG, o PostgreSQL Brasil, o BROffice e a ASL.

   Ainda mais que, para sermos "organização", temos de crescer em
participantes e em atividades. ;)

   E posso te dizer com certeza que, se não fossem algumas palestras
que promovemos na minha Universidade, com esse espírito, a adoção do
SL nunca teria começado. E ainda falta MUITO para nós, como migrar os
desktops para soluções livres.

   Por fim, gostaria de deixar um relato de experiência pessoal. Lido
com desenvolvimento de software e gerenciamento de sistemas há 21
anos, e tenho 18 anos de experiência docente. Posso dizer com
segurança que nunca o meu curso evoluiu tanto como quando começamos a
participar dos GUs e incentivar os alunos para tanto. E isso, na
grande maioria das vezes, assistindo palestras. No caso do LaTeX, eu
gostaria muito de ter tido um ponto de partida por um tutorial, ao
invés de ter de aprender na marra. E acredito ser essa minha
motivação. Se é incentivo? Sim. Se amplia? Se conseguir pelo menos um
novo curioso que vá dar uma chance para a plataforma, sim; se não,
pelo menos divulgou-se o conhecimento. Se é apoio? Não sei, pois é uma
atividade inicial. Se o forum do gUFSC começar a se movimentar para
auxiliar novos usuários, acredito que terá sido o inicio do apoio.

   O custo de uma palestra dessas? Considera minha "doação" como
voluntário, já que estou usando meu tempo livre (escasso) para
preparar a apresentação e pesquisar formas de uso do LaTeX para
diferentes áreas. Se os benefícios não são palpáveis, posso dizer que
sairei satisfeito por cumprir minha parte.

   Com um cordial abraço aos colegas, me despeço.

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Carlos Rodrigues Rocha
(carlos em cti.furg.br, cticarlo em gmail.com)

Doutorando em Eng. Mecânica

Áreas de interesse: Robótica, Controle, Automação,
                    Linux, Java, C/C++, Banco de Dados,
                    Dispositivos móveis,
                    Educação Profissional
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Universidade Federal de Santa Catarina
POSMEC - Centro Tecnológico
Florianópolis - SC - Brasil
Fone +55(53)9971.3148
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