[GUFSC] Res: Res: Institucionalização do GUFSC?

Daniel Martins danielemc em gmail.com
Sexta Setembro 25 18:15:15 BRT 2009


Renan,

para contextualizar e acabar com a polemica (da minha parte)

Nós somos voluntários!

Fazemos o que podemos no nosso raro tempo "livre".

Não fizemos nada errado ainda. Talvez porque não fizemos nada ainda!

Se uma pessoa tem vontade de dar uma palestra de latex por que impedi-la?

Se outros podem tentar bater na porta de UFSC para propor a migração
para SL por que eles não podem faze-lo?
A única questão é que estas pessoas precisam ter algum respaldo. Uma
forma de respaldo é alguma formalização. Outra seria convencer a
administração que somos "de notório saber". Creio que nenhum de nós
está convencido desta última.

Tivemos algumas reuniões com quorum baixo e poucos encaminhamentos. Na
prática ninguém de fora ficou mais propenso a usar SL.

Não precisamos nos convencer a usar SL....

Renan, tuas colocações são boas e sugiro que trabalhes naquele
material do Altamir no sentido de ele ser um guia de ações e atitudes.

Mas no meio tempo temos de fazer algo. Nem que seja criar motivação
para nos reunir...

Daniel



2009/9/25 Renan Noceti <renano7 em yahoo.com.br>:
> Alguns esclarecimentos e problematizações:
>
> 1) Ter clara a função de uma organização não é "filosofar". É parte
> intrínseca de um trabalho de intervenção bem feito. "Primum vivere deinde
> philosophari"? Fazer qualquer coisa de qualquer jeito, baseado em suposições
> vagas? Para depois - quem sabe - pensar se serviu ou não?
>
> 2) "Institucionalizar não significa pedir verbas". Quaisquer das
> alternativas sugeridas de institucionalização consome recursos públicos -
> seja ele dispendido na forma de tempo e dedicação de profissionais (nós),
> que somos sustentados de uma forma ou de outra pelo dinheiro público da
> instituição, ou pela utilização de salas, iluminação, equipamentos (que
> também custam dinheiro, embora a gente não o enxergue de forma direta). E
> mais, envolve o trabalho e o tempo de outras pessoas (servidores,
> participantes de eventos), que também considera um custo. Falar em "não
> precisar de verbas" não é sinônimo de "livre de custos".
>
> 3)) "Ampliar, difundir, incentivar e apoiar o uso e a cultura de SL na UFSC"
> é uma expressão que esconde objetivos múltiplos, vagos, e que precisam de
> uma avaliação de sua pertinência e concisão. Talvez esse tipo de expressão
> esteja mais próxima de "filosofar" do que de intervir efetivamente sobre
> problemas. Com esse tipo de expressão, corremos o risco de racionalizar ou
> justificar qualquer coisa que fazemos, e não efetivamente fundamentar uma
> intervenção e demonstrar sua relevância - tanto em termos de benefícios
> sociais produzidos quanto de custos (tempo, dinheiro) utilizados para
> realizá-lo.
>
> Por exemplo: façamos uma palestra de Latex. Estamos "incetivando",
> "ampliando" ou "apoiando" o uso e a cultura de SL? Eu até arriscaria dizer
> que sim. Mas quanto? Para quem? Em que direção? Quanto custa tudo isso e o
> quanto produzimos de benefícios?
>
> Daniel citou vários problemas concretos da UFSC, que serviriam para
> subsidiar o planejamento de objetivos operacionais, concretos: o custo de
> alunos que voltam ao Word, ou o dinheiro que gastamos com licenças de
> Windows. Ótimos exemplos. Porquê não organizamos melhor esse tipo de
> informação e planejamos nossa intervenção sobre elas? Podemos planejar e
> realizar atividades no sentido de substituir os sistemas operacionais da
> UFSC por Linux, e efetivamente mensurar quantas máquinas tiveram seus
> sistemas trocados de Windows para Linux. E é diferente, por exemplo, de "dar
> uma palestra de Latex" para "ampliar e difundir o SL".
>
> Quero deixar claro: não estou menosprezando esse tipo de iniciativa, de
> forma alguma. Apoio, inclusive. Estou apenas demonstrando que temos
> recursos, capital intelectual, para fazer ainda melhor do que isso.
>
> Darcy Ribeiro, em "A Universidade Necessária", sintetiza assim a
> "modernização reflexa" nas universidades: fazer o urgente, de forma como é
> familiar, da maneira mais rápida e prática o possível. A alternativa seria,
> nas suas palavras, "desenvolvimento autonônomo". O que envolve um cuidado
> mais experimental (e não "filosófico") com nossas intervenções, para
> garantir sua relevância social.
>
> Avaliem.
>
> Renan
>
> P.S.: Talvez seja a hora de realizarmos uma reunião estratégica...
>
>
>
>
> ________________________________
> De: Daniel Martins <danielemc em gmail.com>
> Para: gufsc em softwarelivre.ufsc.br
> Enviadas: Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009 16:25:54
> Assunto: Re: [GUFSC] Res: Institucionalização do GUFSC?
>
> Creio que as respostas do "para quê" são
>
> Para ampliar, difundir, incentivar e apoiar o uso e a cultura de SL na UFSC.
>
> Institucionalizar não significa pedir verba.
>
> Quando pedirmos verbas teremos de questionar os  "para quê" caso a caso.
>
> Creio que o texto que o Altamir colcou é um rascunho de nosso estatuto
> e de nossa missão. Já foi discutido há muito tempo e sempre pode ser
> melhorado e adaptado. Não podemos é ficar esperando ter uma filosofia
> perfeita para agir.
> "Primum vivere deinde philosophari"
>
> Apesar de não pedirmos verbas temos gastos institucionais: tempo
> perdido. O tempo que perdemos quando um aluno motivado volta ao Word
> ou desconhece o Linux. O tempo perdido se a UFSC comprar as 5000 de
> windows para fazer valer o gasto com o antivirus e deicxar de adquirir
> computadores mais decentes para a gradução, etc.
>
> Daniel
>
>
> 2009/9/25 Renan Noceti <renano7 em yahoo.com.br>:
>> Rodrigo,
>>
>> Não contesto suas intenções de promover o software livre, mas gostaria que
>> avaliássemos as implicações das conquistas que você sugere que
>> conseguiríamos por meio da instituicionalização do GUFSC:
>>
>> - Conquistar espaço físico... para quê?
>> - Conseguir bolsas... para quê?
>> - Realizar palestras sem custos... para quê?
>> - Distribuir certificados... para quê?
>> - Conseguir participantes... para quê?
>>
>> As respostas parecem óbvias, mas não são. Se um de nossos objetivos for,
>> por
>> exemplo, capacitar os servidores da UFSC a utilizar software livre, para
>> isso precisaremos de espaço físico, computadores, pessoal capacitado e
>> remunerado. Aí eu concordo que institucionalizar pode ser uma boa saída.
>> Mesmo porquê, para efetivamente capacitar os servidores, são necessários
>> vários recursos (como por exemplo, que suas máquinas tenham SL), e "dar
>> uma
>> palestra sobre SL para os servidores" não seria suficiente.
>>
>> Mas, enquanto não temos a função do GUFSC clara, para quê
>> institucionalizá-lo?
>>
>> Vocês percebem o problema? É como solicitar verba para 10.000 tijolos para
>> a
>> prefeitura de Florianópolis, e depois decidir o que faremos com os
>> tijolos.
>> Se decidirmos depois que é para fazer uma creche, ótimo, temos muitos
>> tijolos. Mas e se fosse pra construir uma quadra de esportes? Não seria
>> necessário cimento ao invés? Entendem o raciocínio? Estamos fazendo o
>> caminho inverso. Temos que avaliar o quê fazer para depois implementar
>> algo
>> que torne isso possível. Institucionalizar o GUFSC não é "o quê fazer", é
>> um
>> meio de implementar algo.
>>
>> Se não tivermos isso muito claro, estaremos repetindo os erros que tanto
>> criticamos em diversos contextos. Laboratórios, departamentos,
>> secretarias,
>> e outros tipos de órgãos (universitários, do governo, etc.) que tem espaço
>> físico, dinheiro, pessoal capacitado que não produzem nada. São elefantes
>> brancos.
>>
>> Avaliem.
>>
>> Abraços,
>>
>> Renan Noceti
>>
>>
>> ----- Mensagem original ----
>> De: Rodrigo V. Raimundo <spyro em das.ufsc.br>
>> Para: gufsc em softwarelivre.ufsc.br
>> Enviadas: Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009 15:50:27
>> Assunto: Re: [GUFSC] Institucionalização do GUFSC?
>>
>> Olá a todos os colegas,
>>
>> Não participo do GUFSC porém acompanho a lista e gostaria de deixar
>> minha opnião.
>>
>> Acho que a institucionalização do GUFSC é importante e deve ser levada
>> em diante. Porém acho que um dos problemas é o nome. Grupo de Usuários
>> de Software Livre da UFSC não é um nome com apelo institucional.
>> Eu sugiro algo como:
>> Grupo de Apoio e Divulgação de Software Livre na UFSC
>>
>> Com esse nome o grupo poderia adotar tais posturas e se pleitear tais
>> funções institucionais:
>> - Discutir e indicar políticas de software livre para a UFSC
>> - Divulgação do software livre entre os acadêmicos e funcionários da UFSC
>> - .... ????
>>
>> Com esses e outros objetivos o GUFSC poderia pleitear junto a reitoria
>> coisas como:
>> - Espaço nas discussões sobre aquisição de
>> equipamentos/políticas/softwares utilizados pela instituição
>> - Espaço físico para reuniões e palestras sem custos
>> - Bolsas (de extensão por exemplo) para contratação de pessoal de apoio
>> (caso o grupo cresça e se consolide)
>>
>> Creio que com o GUFSC (promovido) muitas outras pessoas se interessaram
>> em participar pois deixará de ser algo amador e passará a ser algo mais
>> profissional (já imaginou o GUFSC entregando certificado de minicursos?)
>>
>> Bom, ficam aqui meus 2cents
>>
>>
>> Renan Noceti wrote:
>>> Prof. Daniel e demais,
>>>
>>> Fico feliz com a iniciativa de tocar o GUFSC pra frente, mas tenho
>>> receio que estejamos trocando os pés pelas mãos. Antes de nós
>>> preocuparmos em institucionalizar o GUFSC, seja por meio de
>>> associação, ONG, grupo de pesquisa ou projeto de extensão, temos que
>>> ter clareza sobre o quê estamos institucionalizando, e para quê
>>> institucionalizar. Não me parece que "para reinvidicar coisas à UFSC
>>> de forma oficializada" seja uma boa resposta. Vamos reinvidicar o quê?
>>> Além disso, seria "reinvidicar" o nosso papel, a melhor forma de
>>> intervenção?
>>>
>>> Mais uma vez, vou propor aquele caminho sistematizado: que nos
>>> reúnamos para produzir e organizar as seguintes informações:
>>> a. que problemas ou potencialidades existem na UFSC em relação à
>>> informática e uso de software livre?
>>> b. que tipos de soluções ou situações melhores desejamos produzir?
>>> c. quais as atividades que podemos realizar, com os recursos que
>>> temos, para mudar da situação A para B?
>>>
>>> Há pelo menos esses três passos como um procedimento seguro para
>>> garantir uma intervenção qualificada por parte do GUFSC. A
>>> institucionalização do grupo pode vir a ser uma medida que tomemos
>>> como decisão a partir de (c) - mas isso precisa ser avaliado a partir
>>> do que desejamos produzir.
>>>
>>> À parte disso, corremos o risco de cair na ciranda que o governo e a
>>> universidade repetem há décadas, apesar do conhecimento produzido pela
>>> própria universidade que poderia preveni-lo: burocratizar e realizar
>>> atividades lúdicas sem função clara, muitas vezes mais servindo para
>>> conquistar status e poder político que para efetivamente produzir
>>> mudança social.
>>>
>>> Acho que podemos (e temos como responsabilidade) fazer melhor do que
>>> isso.
>>>
>>> Att.
>>>
>>> Renan Noceti
>>>
>>> ----- Mensagem original ----
>>> De: Daniel Martins <danielemc em gmail.com>
>>> Para: gufsc em softwarelivre.ufsc.br
>>> Enviadas: Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009 11:19:50
>>> Assunto: Re: [GUFSC] palestras do grupo
>>>
>>> Como já falei anteriormente é importante queo GUFSC se formalize para
>>> que tenhamos peso quando pleitearmos algo junto a Administração da
>>> UFSC.
>>>
>>> para isto temos alguams alternativas
>>>
>>>
>>> 1. Criar uma associação e todos os seus encargos (para mim pior hipótese)
>>> 2. Criar uma ONG e pelitear verbas públicas
>>> 3. Criar um grupo de pesquisa CNPq (se tivermos uma arrazoado de
>>> pesquisas que possa ser coadunada)
>>> 4. Criar uma atividade perene de extensão na UFSC (para mim melhor
>>> hipótese)
>>> 5. Combinação das anteriores
>>> 6. Outra ideia criativa
>>>
>>> Podemos aproveitar a lista de palestras e fazer o primeiro esboço ou
>>> um projeto de extensão vinculado a isto
>>>
>>>
>>> Sugiro o Aguinaldo ou o Jean-Marie  como coordenador geral deste projeto
>>>
>>> O Altamir, Nogueira ou até mesmo eu podemos assumir casos eles não possam
>>>
>>> Isto facilita a negociação na hora de falar com uam comissão.
>>>
>>> A primeira pergunta que eu faria se estivesse na comissão seria
>>>
>>> - GUFSC? O que é o GUFSC?
>>>
>>> A segunda seria
>>>
>>> - Por que eu atenderia o GUFSC?
>>>
>>> A terceira seria
>>>
>>> - Se eu não atender o GUFSC, o que pode acontecer? Se eles forem à
>>> imprensa dirão que são o quê?
>>>
>>> Gostaria de saber a opinião de vocês.
>>>
>>> Daniel
>>>
>>>
>>> vejo 2 opç
>>>
>>> 2009/9/25 Paulo Manoel Mafra <mafra em das.ufsc.br
>>> <mailto:mafra em das.ufsc.br>>:
>>> > Caros, na tentativa de retomar as palestras do grupo, venho pedir
>>> > sugestoes de temas e possiveis palestrantes para este semestre e o
>>> > proximo. As palestras devem acontecer uma a cada um ou dois meses.
>>> > Segue uma lista de sugestoes que deve ser aprimorada com a
>>> > colaboracao de voces.
>>> >
>>> > - freemind (apresentador Daniel Martins)
>>> > - latex (apresentador ??)
>>> > - gnuplot (apresentador Mafra)
>>> > - beamer (apresentador ??)
>>> > - broffice (apresentador ??)
>>> > - emacs/xemacs (apresentador ??)
>>> > - gimp (apresentador ??)
>>> > - maxima (apresentador ??)
>>> > - octave (apresentador ??)
>>> > - R (apresentador ??)
>>> > - blender (apresentador ??)
>>> > - org-mode (apresentador Daniel Martins)
>>> >
>>> > Ha a possibilidade de trazer palestrantes de fora.
>>> >
>>> >
>>> > Paulo Manoel Mafra
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>>> > Departamento de Automacao e Sistemas
>>> > Universidade Federal de Santa Catarina
>>> > "Vitam Impendere Vero"
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