mIRC, Napster (era Re: [GUFSC] Continuando: MSN x ICQ x Etc)

Leonardo Trentini Lang tlang em inf.ufsc.br
Terça Novembro 8 21:22:32 BRST 2005


> Espero que isso não pareça Flame, vou apenas partir
> para a tréplica da parte que me toca. Harmoniosamente.

Sim, sem problemas, para mim. Isto não é uma 'lista de
discussão' à toa. ;-)

> Nos meus singelos 13 anos, quando Linux sequer existia
> para mim, um tal mIRC (que *eu* achava atraente) me
> deu a oportunidade não só de acessar a rede IRC, mas
> de programar e aprender lógica de linguagem
> estruturada.
>
> Ironicamente, foi com a comunidade de "programadores
> de mIRC" que eu aprendi o conceito de "deixe seus
> algoritmos o mais limpos e legíveis o possível para
> que outros possam estuda-lo e aprender também". ;)

Ironicamente, mIRC scripting foi a primeira linguagem
que eu aprendi de verdade; em QBASIC, nunca fui muito
além do básico. Escrevi até um cliente de IRC usando
a linguagem do mIRC [e tenho o código até hoje
guardado]. Logo, concordo com você: o valor histórico
é realmente grande. :-)

Mas vale lembrar que isso é passado. Consagrar o
mIRC como uma solução ótima para o cenário atual,
ou a melhor já feita, é deixar de lado clientes
atuais que estão anos-luz à frente deste, como o
irssi [que já mencionei]. E justificar essa opinião
pela linguagem do mesmo, ou pelo seu valor histórico,
é deixar de lado liguagens de scripting mais
evoluídas, como Guile ou Python, que são usadas
nos clientes atuais.

> Eu não disse que a história *começou* com software
> proprietário. Eu disse que na *história dos softwares
> proprietários* surgiram bons programas. Um cliente de
> IRC que ensina a programar, por exemplo. Ou o Napster,
> que cito mais abaixo.

Certo. Sim, é verdade.

> O Napster foi um pioneiro do *conceito de sistemas
> distribuídos*.

O interessante do Napster foi ter popularizado a troca
de arquivos. Nisso, ele foi pioneiro. Mas com relação ao
paradigma, ele não tinha nada de muito novo para a
época: só um protocolo próprio e uma inferface
bonitinha. Comparado com os programas *verdadeiramente*
P2P [notem que aí já tem uma quebra de paradigma] e
com todos os vários recursos e técnicas empregados
atualmente, ele parece mais um FTP com engine de busca
que com um programa P2P. ;-)

> [...] Se eu disser que o pincelzinho do Paint
> (ou do GIMP, se preferir) nasceu da idéia do pincel de
> verdade você vai comparar as duas tecnologias também?

Não; os dois - pincel e GIMP (ou Paint(brush)) - são
tecnologicamente muito próximos, com a vantagem óbvia
dos programas de edição serem implementados num computador
e automatizarem várias tarefas. Mas ao comparar programas
tipo o Inkscape ou o Corel Draw a um pincel, por exemplo,
já se começa a entrar no mesmo terreno da quebra de paradigma.

E é isso.

-- 
Leonardo Lang AKA tlang em inf
-- 
Ciências da Computação (cco021)
Universidade Federal de Santa Catarina
-- 
BNU-FNS, SC, Brasil
-- 
Usuário GNU/(Linux #217916)




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