[GUFSC] [agmelobaroni@ig.com.br: [PSL-BA]Ainda sobre Declaração Imposto com o Linux]
Wagner Saback Dantas
wagners em das.ufsc.br
Sexta Maio 28 20:13:54 BRT 2004
----- Forwarded message from Marcelo Souza <agmelobaroni at ig.com.br> -----
Versão para Linux do programa da Receita estava com bug
http://www.infoguerra.com.br/infonews/viewnews.cgi?newsid1085742036,61241,
28/5/2004 - 8:00 Giordani Rodrigues
A versão para Linux do programa para declaração do Imposto de Renda Pessoa
Física (IRPF) 2004 estava com bug. O programa era escrito em Java e
necessitava de uma versão mínima da Máquina Virtual Java (JVM) instalada no
sistema em que fosse rodar. Mas mesmo contribuintes cujos sistemas possuíam
uma versão da JVM acima do mínimo exigido relatam que não conseguiram
declarar seu imposto em Linux e foram obrigados a fazê-lo em Windows.
O problema poderia ter passado despercebido, não fosse uma nota publicada no
dia 19 de maio na revista Istoé Dinheiro, que gerou reclamações e protestos
por parte de usuários de Linux e dentro da comunidade pró-software livre no
Brasil. O texto da nota era exatamente o seguinte:
"A corrente pró-software livre dentro do governo federal ficou enfraquecida
após a contabilização final das declarações de Imposto de Renda entregues
este ano pela internet. A expectativa inicial era que muitos 'linuxistas'
fizessem suas declarações a partir de outros sistemas operacionais que não o
Windows. A realidade se revelou amarga. Os arquivos enviados de softwares
como o Linux representaram menos de 1% do volume total. Para ser mais
preciso: 0,01599%. Foram apenas 2.990 declarações das 18,7 milhões
entregues."
Bem que alguns “linuxistas” tentaram fazer sua declaração usando seu sistema
preferido, mas como se vê neste exemplo, foram brindados com uma mensagem de
erro e tiveram de desistir dessa alternativa. A imagem foi enviada por um
usuário de Linux que trabalha para o governo federal e não conseguiu
declarar seu imposto usando o programa IRPF 2004 Java numa máquina Linux,
apesar de ter a versão mínima exigida para a máquina virtual. A mensagem de
erro alertava: “A máquina virtual instalada no seu computador é Blackdown
1.4.2 rc-1. Para que o programa IRPF 2004 Java funcione adequadamente é
necessário que a versão da máquina virtual seja no mínimo 1.4.0.”
“Tive de usar a versão para Windows”, queixa-se. “Soube de pelo menos mais
um caso em que uma pessoa foi obrigada a usar Windows, por causa de um bug
no programa da Receita”. O usuário afirma também que enviou uma mensagem
sobre o problema para a Receita Federal, mas foi “solenemente ignorado”.
Não se sabe qual foi a extensão do problema, nem o número total de usuários
atingidos. InfoGuerra enviou um e-mail para a assessoria de imprensa da
Receita Federal, solicitando esclarecimentos sobre o caso e detalhes
estatísticos sobre as plataformas usadas para a declaração do IRPF via
Internet. O recebimento da mensagem foi confirmado, mas não houve resposta
para as perguntas.
Protestos
A divulgação das estatísticas de uso do programa da Receita por outras
plataformas que não o Windows não parece ter enfraquecido a corrente
pró-software livre dentro do governo, como afirma a Istoé Dinheiro. Ao
contrário, a nota gerou protestos entre estes usuários e se disse que a
revista já é famosa pela “postura pouco favorável ao software livre”.
Um rol de justificativas para o baixo número de declarações foi apontado: o
programa para outras plataformas saiu quase um mês depois da versão para
Windows e muita gente preferiu fazer a declaração antes, para também receber
antes a restituição do imposto; a preferência por fazer a declaração no
escritório e não em casa e a baixa utilização de sistemas que não Windows em
estações de trabalho; o fato de a versão Java do programa ser
multiplataforma e poder ser usada não só em Linux, como em Mac OS, Solaris,
OS2 e até mesmo em Windows; a divulgação deficiente de opções alternativas
para a declaração via Internet; os vários anos anteriores de exclusividade
da declaração em Windows; e outras.
Lembrou-se até mesmo do fato de que uma quantidade esmagadora de declarações
via Windows foi feita ilegalmente, através de versões piratas do sistema,
enquanto este problema não existiu entre usuários de Linux, já que este
sistema pode ser livremente distribuído. Em um artigo intitulado "Grande
mídia ataca a liberdade", publicado esta semana no Observatório da Imprensa,
o professor da Universidade de Brasília e integrante do Comitê Gestor da
Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), Pedro Rezende,
critica a nota da Istoé e dispara: “Nenhuma das quase 10 milhões de
declarações ilegalmente enviadas está entre as 2.990: qualquer instalação
para uso de software livre como o Linux, qualquer que seja a origem, é
legal”.
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Abraços
Marcelo Souza
marcelo at cebacad.net
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Graduando em Sistema da Informação - UCSal
Membro UCSal Geek
Voluntario no CEBACAD
Centro Baiano de Computação de Alto Desempenho - UCSal
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----- End forwarded message -----
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Wagner Saback Dantas
wagners at das.ufsc.br
Departamento de Automação e Sistemas - DAS
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
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