[GUFSC] Res: MEC vai comprar computadores - requisito: compatibilidade com Debian

Wagner Saback Dantas wagners em das.ufsc.br
Domingo Outubro 28 14:47:54 BRST 2007


Douglas Santos wrote:
> On 10/27/07, Wagner Saback Dantas <wagners em das.ufsc.br> wrote:
>> Que tal uma distribuição livre (ou de código aberto, colocarei ambos no
>> mesmo balaio na corrente discussão), padronizada, o que não quer dizer
>> criar mais uma distribuição, pode-se chegar a uma existente, que inclua
>> dispositivos livres? Haver preocupação com programas para acessar
>> dispositivos de hardware é limitar a abrangência de software aos
>> especialistas da técnica apenas.
> 
> Primeiro, este leilão está totalmente errado.
> 
> É a mesma coisa que:
> 
> " Os ... devem ser entregues com a compatibilidade comprovada com o
> motor GM/Chevrolet, versão flex power, 1.4Litros ou superior. "
> 
> Original:
> " Os ... devem ser entregues com a compatibilidade comprovada com o
> sistema operacional Debian GNU/Linux, versão 4, kernel 2.6.x, ou superior."
> 
> Moral: As criancinhas vão ter que ficar andando de GM (debian) pro
> resto da vida.
> 
> Segundo, qualquer fornecedor "esperto" sabe que não existem muitos
> drivers para linux, então ele vai pensar em reduzir custos e entregar tudo
> com ndiswrapper. Ora é compatível com debian "apt-get install ndis".
> Ou seja, vai ser linux porem com api do windows.
> 
> Moral: explique para nossas criancinhas isso.
> 
> Já ta na hora do "pessoal do linux" começar a pensar no hardware primeiro.

Douglas,

A sua reivindicação é justa, mas é limitada, por isso não concordo com o 
«pensar no hardware primeiro». Pode ser que, para um desenvolvedor de 
software básico, tudo bem, é o foco do sujeito, é isto que o absorve em 
maior interesse. No caso em discussão, o uso de tecnologia em escolas, 
há outros requisitos igualmente justos (ou até mais) aos dispositivos de 
hardware. Logo, devem ser tratados de igual maneira (ou maior relevância 
e pressa a depender do contexto e da premência).

O uso de SL não significa que as crianças usarão SL para o resto da vida 
(o que, para mim, ser romântico e entusiasta do SL, pela idéia, 
especificamente, é uma pena). No patamar pedagógico, a tecnologia é 
facilitadora (visão pessoal), um estímulo à mudança de paradigma de 
ensino-aprendizagem em direção ao desenvolvimento do sujeito. Mas, devo 
enfatizar, não quer dizer que não seja a tecnologia pensada por nós, 
sobretudo sobre a sua natureza social, refletida, por exemplo, no 
licenciamento de programas de computador.

É isso,
Wagner.



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