[GUFSC] Sobre o sistema de voto brasileiro

Daniel Martins danielemc em gmail.com
Quinta Outubro 19 20:28:04 BRST 2006


http://info.abril.com.br/aberto/infonews/102006/19102006-9.shl
Equador ordena prisão de enviado da E-Vote Quinta-feira, 19 de outubro de
2006 - 13h11 *Wikimedia Commons*
Sede do governo local: ninguém sabe quem trabalhará aí

SÃO PAULO - A Justiça do Equador ordenou a prisão do representante do
consórcio brasileiro E-Vote naquele país. O executivo do grupo brasileiro, o
argentino Santiago Murray, está proibido de deixar o Equador e deverá ser
preso, diz a ordem judicial.

A decisão foi tomada por um Fórum de Quito e confirmada por um juiz da
província litorânea de Guais. A E-Vote é um consórcio de empresas
brasileiras que presta serviços de TI nas eleições brasileiras e,
recentemente, foi contratada para fazer o mesmo no Equador.

Nas eleições do último domingo (15), a E-Vote deveria ter processado os
votos de todos os equatorianos em até três horas, conforme previa acordo
entre o governo do país andino e o grupo brasileiro. Uma falha nos sistemas,
no entanto, travou a operação, que permanece até hoje em apuração.

O representante da E-Vote no país, Santiago Murray, recebeu ordem de prisão
"por 24 horas e em caráter investigativo", diz a decisão da Justiça
equatoriana. A E-Vote é acusada de ineficiência pelo Tribunal Superior
Eleitoral do Equador, de um lado, e, de outro, de cometer erros
propositadamente, a fim de fraudar as eleições, por setores de esquerda.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, o esquerdista Rafael Correa acusa
seus opositores de armarem uma fraude eletrônica para impedir sua vitória no
primeiro turno nas eleições. Como no Brasil, o Equador elege seu presidente
somente com a maioria dos votos.

Até o final da quarta-feira (18) 90% dos votos no país já tinham sido
apurados e indicam um segundo turno entre Correa e o político conservador
Alvaro Noboa.

O presidente do grupo E-Vote, Paulo Martins, nega a ocorrência de fraudes.
Martins culpa a Justiça Eleitoral daquele país de mudar critérios de
publicação de resultados momentos antes das eleições, o que exigiu grande
retrabalho por parte da E-Vote.

As exigências do Tribunal Superior Eleitoral do Equador teriam obrigado os
técnicos da E-Vote a fazer mudanças às pressas, o que tirou a eficiência do
sistema. Problemas de infra-estrutura locais também são citados.

A E-Vote fechou um contrato de US$ 5,2 milhões com o governo daquele país
para prestar serviços nas eleições locais. A empresa já recebeu metade do
dinheiro.

O TSE equatoriano quer cancelar o contrato, argumentando falhas da E-Vote. O
grupo brasileiro já avisou que não devolverá a parcela que recebeu e estuda
pedir reparações caso a segunda parte não seja paga.
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